A pandemia do COVID-19 devastou o mundo em escala global, e se apresentou como um desafio a ser enfrentado por todos os setores da sociedade. Desde cuidados com a saúde, mudanças em como nos comunicamos às inovações nos mais diversos mercados, os últimos seis meses foram um período que exigiu capacidade de adaptação e flexibilização.
A tecnologia é uma das bases para a sustentação de diversas estruturas, e um facilitador das transformações exigidas por essa nova forma de ser e habitar a sociedade. Para a Unirede, foram meses de aprendizagem em todos os escopos, desde uma perspectiva de negócios e financeira, até a ótica de recursos humanos.
A Tecnologia durante a Pandemia: a necessidade do pensamento estratégico e as lacunas no mercado
Para o nosso CEO, Luciano Alves, a preocupação principal quando a pandemia surgiu foi a de preservar a saúde dos profissionais e suas respectivas famílias.
Apesar da Unirede ter a capacidade de adotar os protocolos de segurança necessários em nossa sede, era importante se certificar de que os profissionais tivessem a tranquilidade de trabalhar sem se preocupar com os riscos impostos a si ou seus familiares, “a ideia era passar tranquilidade. Era dizer: legal, se resguarda daí, que vamos garantir a sua estrutura para atuar conosco.”
Em termos operacionais, a decisão de instaurar o modelo 100% remoto foi simples. Isso acontece porque a Unirede já vinha se preparado. O Luciano relembra que em 2016, na cidade de Porto Alegre, houve a explosão da super célula, que devastou a infraestrutura da cidade. Durante o ocorrido, a Unirede operou de forma resiliente por 53 horas, com um gerador.
Nosso propósito está calcado na aprendizagem e evolução, por isso, esse ocorrido catalisou um trabalho árduo de gestão de risco, que foi o ponto chave para facilitar todo o processo que viria a ser necessário no ano de 2020.
Foi aí que nasceu o nosso Plano de Continuidade de Negócio, que permitiu que a Unirede trabalhasse fora do seu escritório, “nós começamos a criar um cenário no qual testamos o desaparecimento do prédio.” Isso constituiu em levar a estrutura da Unirede para a nuvem, em instaurar um canal de comunicação efetivo para todos os colaboradores através do Microsoft Office 365, a criar um documento de Adequação Tecnológica, no qual está previsto todos os recursos necessários para que cada colaborador possa operar fora da nossa sede, até a implementação contínua de pilotos de home-office em diversos times.
Em junho de 2019, o home-office já era parte natural do cotidiano dos nossos colaboradores.
“Sair de 2016 num evento de explosão da super célula, pensar em todos os riscos, pensar na história do prédio não acontecer, ter já as equipes distribuídas, nos colocou em um cenário em Março [de 2020] em que em uma reunião de COMEX (Comitê Executivo), a gente falou: manda o povo para a casa, e a partir de segunda ninguém mais aparece aqui. E aconteceu. Isso foi simples porque a gente já estava preparado.”
Apesar da Unirede estar preparada para enfrentar a pandemia, o período de seis meses trouxe vários desafios e ensinamentos que nos motivaram a inovar métodos e adaptar processos. Para o Luciano, a pandemia mostrou que o mercado não está preparado para os ‘cisnes negros’, pois “se negligenciam uma série de temas que, por nunca terem acontecido, se acha que não irá acontecer.”
Enxergar só o operacional não basta, é importante para qualquer negócio também pensar no estratégico. É imprescindível pensar e mapear todos os riscos, para que não se “negligencie pensar no imponderável.” O grande diferencial no enfretamento de períodos adversos é ter um mindset que promova a ideia de que, “a gente nem sabe se essa coisa pode acontecer um dia, mas vamos trabalhar com ela.”
Gerenciar riscos é algo que a Unirede sabe fazer
Para o Luciano, “nós existimos porque existem os riscos,” e estar preparado para proporcionar soluções de qualidade para nossos clientes está no core da Unirede.
As transformações geradas pela pandemia colocaram em voga a importância da tecnologia para qualquer negócio, e abriram espaços de atuação. As empresas precisam ser visionárias, e a Unirede está comprometida em fazer parte desse movimento.
“O nosso negócio trabalha com comunicação, com resiliência, com disponibilidade, com o desempenho dos nossos clientes. Se a gente falar em varejo, uma loja sem comunicação com internet não vende, e como aquela loja está trabalhando a sua resiliência?”
Para o Luciano, também é importante considerar que existia um posicionamento de que uma operação compartilhada, como nosso Cognitive Operations (COPs), não era sempre aceita. Ter a obrigatoriedade de manter áreas que estavam dentro da empresa, na empresa, sem terceirizá-las, foi outra concepção que se alterou.
Se percebe que, “eu não preciso ter a minha operação aqui, eu consigo ter uma operação remota porque a minha operação está funcionando remotamente. Isso abre um leque para empresas que tinham uma estrutura 24/7 para sustentação de tecnologia, buscarem alternativas no mercado, como a Unirede, que faz isso há 20 anos.”
Ao olharmos para a Unirede, a pandemia também acarretou uma mudança de mindset quanto à procedimentos internos. Ao falarmos do COPs, “até então era o nosso único time que não fazia home-office (..) porque ali temos toda uma infraestrutura disponível, mas com a pandemia, o pessoal criou fluxos novos que permitiram que o serviço continuasse a ser executado sem perda nenhuma do cliente.”
Isso trouxe uma necessidade de repensar nossos modelos de negócio, pois houve um ótimo desempenho apesar da flexibilização exigida.
O que a pandemia nos ensinou sobre tecnologia?
A pandemia mostrou que empresas que tem uma sustentação tecnológica forte conseguem performar melhor no mercado e na bolsa de valores. Isso acontece, pois, “a tecnologia hoje é uma mola propulsora para qualquer negócio. Ela não é mais uma área que gera custos, ela não é mais o gurizinho da informática.”
“A tecnologia é uma estrada que está todo mundo dentro dela, se o seu negócio ainda não foi alavancado por meio da tecnologia, você fica para trás.”
A Unirede, por atuar com sustentação de Tecnologia, tem como objetivo garantir que o engajamento do nosso cliente no mundo digital tenha todos os recursos necessários.
E quando falamos em tendência de mercado?
O Luciano pontua a importância dessas reflexões para o varejo, um mercado que sofreu muito durante a pandemia, “a loja está deixando de ser um lugar para se comprar, para ser um lugar de estar. Ela vira muito mais showroom para ser visto e depois comprado pela internet, em casa.”
E como as empresas se adaptam a essa tendência é relevante. A Unirede, com 20 anos de experiência em fornecer serviços para o varejo, está extremamente capacitada para ajudar os seus clientes a preencherem essas lacunas.
“Essas empresas, ao buscar uma consultoria com a Unirede, ganham o conhecimento que está no mercado. Transitamos por vários universos e isso nos permite ter vários olhares e aprendizados, o que nos ajudam a apoiar cada vez mais o cliente.”
Como a pandemia afetou o mercado financeiro?
O nosso CFO, Rogério Wolney de Moura, também compartilhou suas perspectivas sobre esse período tão complicado.
Ele ressalta que a Unirede já havia se mobilizado e antecipado esse desafio, se reestruturando com esforço conjunto entre Operação x Colaboradores. “Quando o comunicado do trabalho HO e quando as Organizações começarem a sentir os reflexos comerciais/financeiros nas suas operações, a Unirede já estava preparada.”
Isso se deu pois, entre o final de 2019 e início de 2020, o nosso orçamento já havia sido refeito, considerando um cenário que demandava redução de expectativas. Ele afirma que isso nos possibilitou “estar atravessando esse momento sem qualquer atropelo.”
Para ele, a estratégia que auxiliou nesse processo foi que “a doação de todos os colaboradores para o cumprimento das metas está com o engajamento de 100%.”
E o que podemos considerar para o futuro do mercado?
Para Rogério, o pós-pandemia resultará em um grande momento de instabilidade. Empresas poderão fechar, assim como um aumento de inadimplência e fortes aquisições/fusões. O ponto-chave é considerar como esse momento vai abalar a estrutura da sua empresa.
Isso vai requerer que todos os negócios se preparem para o nascimento de um novo mundo e de novas formas de encarar o mercado. O crescimento do desemprego exigirá a aprovação de reformas administrativas e fiscais, “e se isso não acontecer teremos que projetar um cenário de inflação alta e bolsa baixa. Além de valor das moedas estrangeiras em alta.”
A Unirede adota formas de se precaver nesse período, e o Rogério dá dicas de como você pode encarar isso de forma a facilitar seus processos futuros:
Fazendo a analogia de quem pensa como a Unirede, a grande questão fica no “olhar para dentro”, ou seja: renegociar aluguéis, diminuir tamanhos de escritório, automatizar processos, rever as margens e acima de tudo, rever cada forma de trabalho.
A pandemia também impactou a gestão de Recursos Humanos
Lucas Gomes é psicólogo e nosso Analista de Recursos Humanos há dois anos. Para ele, a primeira preocupação com o trabalho 100% remoto foi a adaptação dos colaboradores que ainda não estavam acostumados com esse modelo de trabalho.
“Isso envolve tanto a questão prática de acesso a internet e estrutura em casa, até uma questão de não ter a vivência diária com os colegas de trabalho,” era importante olhar não só para o contexto do cotidiano de trabalho dos colaboradores e nas novas estruturas de trabalho, mas considerar o impacto que a pandemia teve na saúde mental de todos.
O diferencial foi traçar estratégias que pudessem trazer a Unirede para dentro da casa dos colaboradores. Não só os momentos mais formais, mas também os momentos de descontração.
Logo no início da pandemia, o time de Recursos Humanos estabeleceu o Happy-Hour Virtual, “era um momento semanal onde a gente se reunia para falar sobre diversos assuntos, de trabalho ou não. Eram um momento de confraternizar, se ver e abrir as câmeras.” Outra iniciativa interessante foi implementada em junho, o Café Virtual, que surgiu para replicar aquela parte do dia em os colaboradores se reuniam na cozinha, “em dez minutinhos, a gente liga para um ou mais de um colega para perguntar como estão as coisas, falar de algum projeto de trabalho, ou bater aquele papo mais informal.”
O Bate-Papo Rápido de Sexta-feira, iniciativa do nosso CEO e endossada pelo time de RH, foi mais uma das estratégias de destaque. É aquele momento no início da jornada de trabalho no qual são compartilhadas notícias pertinentes a Unirede, a fim de manter uma dinâmica de transparência e integração entre os colaboradores e a gestão.
O Lucas destaca que a Unirede já tem esse espírito de colaboração enraizado na sua cultura, e isso se mostrou um diferencial para facilitar o enfretamento de momentos tão adversos.
“Não existe uma parede que separe as coisas, não existe uma barreira. Nós temos uma integração nos times.”
Além disso, o importante é deixar aberto um espaço de fala para os colaboradores, tornando o ambiente confortável para que todos possam se expor e se comunicar confortavelmente. Isso já acontecia, o importante foi adaptar esse movimento para o contexto 100% online.
O significado de ser um Great Place to Work durante a pandemia
Em julho de 2020, a Unirede foi certificada como um GPTW. Lucas traz que o nosso posicionamento frente a pandemia deu um impacto positivo e refletiu nesta conquista. Muitas empresas tiveram de realizar movimentos de contenção, como desligamentos em massa, redução de carga horárias e cortes de salários.
“Foi como todos nós, 50 colaboradores, enfrentamos isso. A pandemia veio de uma forma muito abrupta para todo mundo (…) e a Unirede conseguiu se organizar de uma forma muito bem feita, e até as pessoas que não estavam acostumadas com home-office, conseguiram se adaptar, de estrutura física, de uma forma muito rápida.”
Manter a transparência sobre todos os processos foi essencial para que os colaboradores ficassem tranquilos, e o Lucas destaca que esse posicionamento iniciou com o nosso CEO, “dar o suporte que precisa ajudou muito nessa linha do tempo. A Unirede se estruturou de uma forma que estamos tendo resultados muito bacanas durante uma pandemia.”
Ter uma preparação para enfrentar essas novas dinâmicas é o maior diferencial de empresas que se mantiveram estáveis, em uma perspectiva de Recursos Humanos, durante os últimos seis meses.
Isso refletiu em todos os relacionamentos intraorganizacionais, mas também na forma como o nosso trabalho continua a refletir no mercado da Tecnologia.
O que os desafios da pandemia ensinaram para a área de RH?
Para o Lucas, um dos maiores ensinamentos destes últimos seis meses foi contemplar o impacto das ações de RH nos colaboradores. A pandemia irá acarretar numa restruturação da forma como encaramos o trabalho em nossas vidas, e é importante nos prepararmos para isso.
Sejam campanhas de clima, captação, de treinamento ou de comunicação, a totalidade dos colaboradores tem que ser pensada, e principalmente, como cada iniciativa irá atingi-los. A pandemia nos fez pensar em um contexto remoto, mas estimula pensarmos em como executar isso de uma forma efetiva em todas as esferas.
“Temos que pensar hibridamente. Como vamos atingir o colaborador que está na Unirede, e como vamos atingir quem não está aqui 100% presencialmente. Ele pode estar em casa, fazendo home-office algumas vezes na semana. Como vamos atingir os dois públicos de uma forma que tenha o mesmo impacto nos dois? Que os dois se sintam acolhidos, pertencentes e vistos da mesma forma?”
A tendência, no pós-pandemia, exige colocar esses questionamentos em pauta e requer inovação por parte dos profissionais de RH, mas esse período mostra que realizar um trabalho abrangente não é só possível, como também pode trazer resultados incríveis para a cultura de qualquer negócio.
Para o Lucas, a palavra que descreve como a Unirede conquistou isso durante a pandemia é a ‘integração’, e ela traz uma mensagem há ser ponderada estrategicamente. Ela é base para o sucesso de qualquer gestão de recursos humanos, independentemente do tamanho da sua empresa.
A Unirede se comprometeu a se manter produtiva, entregando soluções de excelência para os seus clientes, e fornecendo um ambiente de trabalho saudável para todos os seus colaboradores não só nos últimos seis meses em casa, mas durante os seus 20 anos de história.
Os desafios trazidos reforçam esses objetivos, e estreitam o nosso comprometimento em ser referência no mercado de tecnologia.