O fácil acesso que o software livre possibilita nem sempre é benéfico. Em nossa vivência com Zabbix, ferramenta de monitoramento de código aberto, percebemos que a falta de entendimento, habilidade técnica para parametrização e principalmente cultura empresarial para lidar com as informações acabam por comprometer o nome da ferramenta e também repelir o seu uso no meio corporativo.
Vamos pontuar algumas questões que geralmente são pontos de crítica e discussão sobre o Zabbix e acabam sendo encarados como obstáculos em sua adoção como ferramenta de monitoramento corporativo.
Só manda e-mail
Organizações fazem o download do Zabbix, provisionam infraestrutura e logo em seguida já está em produção. Uma poderosa ferramenta de monitoramento corporativo, apenas instalada, sem parametrização e fazendo monitoramentos muito simples de status de funcionamento de alguns hosts da rede. Este cenário é muito comum, nestes casos o que escutamos é “ferramenta manda muitos e-mails”, “este Zabbix é muito bom em mandar e-mails, manda vários todos os dias” e “O Zabbix só manda e-mail”. Neste caso a ferramenta acaba sendo denegrida pelo fato de que não foi corretamente parametrizada e suas triggers devidamente ajustadas conforme níveis de criticidade e desta forma gera quantidade excessiva e desnecessária de notificações. Primeiro ponto que acaba por difamar o nome da ferramenta. O Zabbix exige uma parametrização que leva em consideração as regras de negócio e preferencialmente deve ser feita por empresa especializada em monitoramento e coleta de dados.
Mostra a realidade:
Monitoramento serve para aumentar a disponibilidade da sua organização, tenta através de pequenas anomalias do ambiente prever períodos de indisponibilidade e desta forma atuar preventivamente, ou ainda, ajudar a perceber instantaneamente a indisponibilidade e mostrar onde está o problema para reduzir o tempo de indisponibilidade ao máximo. E quando toda a infraestrutura possui inúmeros problemas? Bem, neste caso a ferramenta que deveria ser a salvação vira a vilã. Muito comum chegarem solicitações do tipo “podemos retirar estes hosts do monitoramento?”, “podemos aumentar este threshold?” e “quem sabe eliminamos essa trigger”. Nestes casos, a cultura empresarial precisa estar preparada para ver que estão sentados em uma pilha de problemas e precisam direcionar os seus esforços em eliminá-los, e não em esconde-los retirando do monitoramento por exemplo.
Não é a solução definitiva:
Organizações compram a ideia de que o monitoramento é a solução para colocar a empresa em ordem, desconhecem a necessidade de várias práticas, outras ferramentas, processos muito bem definidos, adoção de frameworks de governança e mais detalhes. Vamos partir de uma estrutura de NOC que utiliza as melhores práticas do ITIL v3, o Zabbix atua apenas na área de gestão de eventos, dependendo dos níveis de parametrização pode atuar na gestão de incidentes. Após eu receber um evento, o que o analista deve fazer? Em qual ferramenta ele registra os chamados? Qual processo deve ser seguido? Onde estão as FAQs que devem ser utilizadas? E muitos outros detalhes que são necessários para que o Zabbix apoie efetivamente o service desk de sua empresa, a ferramenta de monitoramento, neste caso, o Zabbix, é uma peça dentro deste conjunto.
O Zabbix hoje se tornou uma grande tendência de ferramenta, não apenas por ser Open Source, mas principalmente pela sua flexibilidade de adequar-se ao negócio, todos os motivos mencionados nessa postagem podem ser facilmente contornados com uma empresa com conhecimento em monitoramento para implementar o Zabbix.
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