Geralmente as palestras são bastante técnicas com informações sobre como coletar algum tipo de dado com o ZABBIX, seja para ativos de rede, bancos de dados ou do sistema operacional. Algumas palestras são sobre como melhorar esse ou aquele uso de determinada funcionalidade. Outras são sobre como melhorar telas e mapas. Ou seja as palestras giram em torno das funcionalidades do ZABBIX, que não são poucas. Mas … o foco é forte na infraestrutura, seja f’ísica ou lógica mas … não nos afastamos muito desse ponto de vista.
Uma palestra que me chamou atenção (para não dizer que me impressionou) foi a do Mantas Klasavicius, um cara da Dinamarca que trouxe para o público uma abordagem orientada ao negócio, ou seja: o ZABBIX já não é visto (ao menos pelo Mantas e sua gangue) somente como um software que pode ajudar a monitorar a infraestrutura. Lá na Adform (empresa em que o Mantas trabalha) o ZABBIX foi elevado a algo que pregamos a muito tempo: uma plataforma COMPLETA capaz de ter métricas tanto Operacionais como Estratégicas. Todos que participaram dos treinamentos conosco em Porto Alegre ou os que já viram alguma de nossas apresentações do ZABBIX (monitoramento em camadas) certamente não me permitirão mentir. Geralmente efetuo uma breve introdução ao ZABBIX com essa abordagem. E foi bom perceber que mais empresas estão caminhando na mesma direção. Não preciso dizer que o contato com o Mantas já foi estabelecido e iremos conversar mais sobre a abordagem que a Adform tem e sobre a abodagem que a Unirede tem. Espero que consigamos extrair novas e boas ideias desse contato pois quando comentei com o Mantas que na Unirede (que fica no distante Brasil do samba, do carnaval, do Rio de Janeiro, do futebol do churrasco e do chimarrão) temos a mesma visão, a sensação dele foi a mesma que a minha: precisamos conversar para aprimorar essas ideias.
Outra palestra que gostei bastante foi a do Morten Christensen (também da Dinamarca e joga boliche muito bem) que representou a C-TEAM. Os caras criaram um modelo de SaaS tendo como base o ZABBIX Proxy. Na prática a coisa toda está montada em cima de um hadware com processador ARM e muito pouca memória. Existem mecanismos e padrões de operação que permitem que o appliance na ponta (sim, existe um hadware dedicado para isso) possa, inclusive, ter o software (versão de SO e aplicações) atualizado remotamente. Isso já é realidade para a C-TEAM e, sem dúvida, já engatei uma conversa com o Mortem para entender um pouco melhor a solução deles pois não é novidade que a Unirede mantém um NOC (Network Operacion Center) em Porto Alegre e utiliza ativa e massivamente o monitoramento baseado em Proxy.
No mais tivemos muitas outras coisas boas surgindo como embriões: o Volker Fröhlich (no ano passado ele estava aqui e fomos, em um grupo, conhecer Sigulda) da Medical University of Vienna trouxe uma ideia para montar mapas automaticamente considerando a topologia da rede. Assunto muito interessante … a solução atual me pareceu não estar madura para um ambiente de produção, mas é uma ótima iniciativa (usando o Graphviz). A palestra do Andrew Nelson, da RedHat, foi sobre tunnig mas do kernel e não especificamente do ZABBIX.
Amanha (na verdade hoje) teremos mais palestras e espero ter mais novidades para compartihar. Quem preferir pode acompanhar os posts no Twitter.
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