Você já ouviu falar de Marketplace? Sabe o que é? Sabe como funciona?
Nesse primeiro momento, vamos decifrar esse método de vendas. O marketplace online é um modelo de negócio que chegou no Brasil em 2012, com a abertura de grandes portais como Extra, Americanas e Walmart para pequenas lojas virtuais. Podendo assim, ser descrito como um “shopping center virtual”. Isto é, um local que podemos conceituar como vantajoso para o consumidor, pois ali ele terá possibilidade de consultar pelo mesmo produto, com o melhor preço e/ou melhor prazo de entrega. E, também um local de grandes oportunidades de crescimento de portfólio, vendas e faturamento para as empresas. Então, é só isso? Não.
O Marketplace é muito mais que uma loja virtual onde se vende bens e serviços. Este modelo possibilita conectar diretamente consumidor e fornecedor sem a necessidade de participação de intermediários. Atualmente, esse modelo já representa 20% das vendas online, e mantém-se crescendo consideravelmente.
No entanto vem a dúvida, nesta “loja virtual”, existe a possibilidade de reunir em um só lugar diferentes serviços e produtos? Exato! Corretíssimo e, com isso automaticamente, atingir o maior número de consumidores possíveis. O objetivo do marketplace é trazer a comodidade de o consumidor resolver a maior parte de suas necessidades e desejos em um único lugar. Sendo essa, sua preferencial diferença de uma loja virtual, que neste caso, existe apenas uma marca e/ou dono. Já o Marketplace reúne inúmeras lojas de diferentes marcas, inclusive com variedades de preços entre concorrências do mesmo segmento, por esse motivo utiliza-se o termo “shopping center virtual” quando se fala dessa nova moda de vendas.
Com essas possibilidades, ambos (consumidores + fornecedores) possuem a oportunidade de conseguir valores mais acessíveis e também uma margem de lucro maior. Esse é o grande diferencial do Marketplace, beneficiar todos os envolvidos.
Vamos exemplificar um pouco melhor isso. Imagine que você abriu uma loja de camisetas personalizadas, e um amigo seu possui uma loja de roupas conceituada. Então, a loja dele, além de ser mais conhecida no mercado, também possui um ponto de vendas melhor localizado e mais estratégico, diferentemente da sua loja de camisetas personalizadas. O seu amigo percebendo que suas camisetas são bonitas e de qualidade, oferece um espaço na loja dele para que você divulgue seus produtos, em troca de uma porcentagem sobre os seus lucros. Isso é um modelo de MARKETPLACE!
E acredite, esse conceito de vendas, está sendo utilizado pelas principais varejistas brasileiras que apostam cada vez mais no crescimento online, como a Magazine Luiza, a Amazon Brasil, Netshoes, B2W, Airbnb Brasil e também a Walmart Brasil.
O marketplace da Magazine Luiza, por exemplo, foi criado em 2016. Em poucos meses mais de 220.000 itens foram integrados a plataforma, os lucros foram aumentados consideravelmente. A aposta da empresa tem suporte no foco da cultura digital por meio da Luizalabs. Esta área de TI e inovação trabalha em tempo integral para construir soluções internas para melhorar a usabilidade do e-commerce e transformar a experiência dos consumidores da varejista.
Sendo assim, fica cada vez mais claro que essa plataforma de vendas, tem gerado oportunidades vantajosas não apenas para grandes empresas, mas também para pequenos negócios. Estes que até então não possuíam visibilidade, começam a ter, principalmente pela variedade de produtos e serviços reunidos em um único lugar. Consequentemente, proporciona de certa forma, que todos cresçam de maneira saudável.
05 tipos de Marketplace
Existem 05 maneiras onde o marketplace se torna um facilitador de negócios, são eles:
• Empresas (B2B – Business to Business) – Este tipo, se torna um facilitador entre empresas. Pois promove negócios de maneira inteligente, atendendo as necessidades de suprimentos e compras da empresa. Em tempos de crise, marketplaces criam um ecossistema empresarial no qual empresas, concorrentes, clientes e outras partes interessadas formam uma rede de negócios relevante.
A principal ideia de usar a tecnologia de ponta como inteligência artificial, cloud computing, BI e machine learning, no universo B2B é levar ao mundo corporativo agilidade, comodidade e praticidade. E para isso, é preciso de mais volume e conhecimento sobre os parceiros de negócio, o que se traduz compliance, transparência e auditabilidade para as empresas.
É interessante fazer parte de um marketplace específico para negócios, primeiramente porque a maioria dos fornecedores B2C (business-to-consumer) não possuem o hábito de ampliar suas vendas para o meio empresarial. Também, porque tal plataforma tem materiais específicos para empresas, maquinários de indústrias, serviços de grande porte, além de materiais para escritório. Outra razão levada em consideração, são os preços, que costuma ser bem mais atrativo em um marketplace B2B. Pela razão que os níveis de desconto costumam ser vantajoso para ambos, já que é definido pelo volume de compras, entre outras coisas.
• Empresas-Consumidores (B2C – Business to Consumer) – Enquanto no B2B, o foco é a venda entra as empresas, o B2C é a empresa vendendo para um cliente final. Este é o modelo mais comum e tradicional utilizado. Onde empresas disponibilizam no “shopping center virtual” seu produto/serviço direto para consumidores.
• Consumidores-Consumidores (C2C – Consumer to Consumer) – Neste caso, a plataforma tem a função de fazer o meio campo direto entre os consumidores. Alguns desses permitem o pagamento na própria plataforma, outros apenas são intermediadores de divulgação e bate papo, e o o pagamento é feito entre eles, fora da plataforma. A Olx, é uma marca que se popularizou nos últimos anos, e é considerada uma das principais plataformas C2C do país. Com altos investimentos em marketing, os clientes vendem no site todos os tipos de produtos, de roupas usadas até veículos. O site Enjoei entra nessa categoria de C2C, com um jeito mais descolado e jovial.
Esses 03 três primeiros são os mais conhecidos e os mais utilizados. Porém temos também outros 02 (dois) modelos, que são menos populares. São eles:
• Business to Government (B2G) – Quando uma empresa vende para o Governo. Vender para governos, seja nacional, estadual ou municipal tem diversas particularidades e processos que devem ser seguidos. Portais de compra, editais de licitação, leis que regulam compra e venda são alguns dos pontos que devem ser tratados pelo processo de venda.
• Business to Employee (B2E) – Este modelo nada mais é que uma variação do b2c (Business to Consumer). Suas diferenças é que ao invés a empresa fazer a venda para o cliente final-consumidor, a empresa faz a venda para seus próprios funcionários. Que normalmente tem acesso a preços diferenciados do varejo tradicional, normalmente tem limites de compra e em alguns casos podem fazer desconto em folha.
05 vantagens de vender em um marketplace:
• Visibilidade – Claramente, a maior vantagem do marketplace é a facilidade em tornar sua empresa/produto visível. Pois, utilizando está plataforma de vendas, todas as visitas que o site receber, poderão automaticamente serem “atingidos” pelas suas ofertas. Afinal, seu produto mesmo sendo novo no mercado, estará na vitrine de um modelo bem desenvolvido de e-commerce conhecido e confiável. Sendo assim, facilitará a venda do seu produto/serviço, mesmo que sua marca seja nova no mercado.
• Confiança – O fato de empresas recém iniciadas no mercado e-commerce optarem pelo Marketplace, facilita no momento da aquisição do produto. Pois, os consumidores optam comprar por site conhecidos e que possuem maior credibilidade no mercado, pois assim, possuem maior confiança na entrega e na qualidade do produto.
• Custos e Retornos – Utilizando essa nova moda de venda online, onde lhe permite maior visibilidade e também transparece maior confiança para a compra e-commerce. Automaticamente, o seu investimento de tempo e dinheiro com divulgação poderá ser reduzido ou eliminado, dependendo dos valores e serviços acordados. A parte de marketing, publicidade, mídia feita pelo marketplace, espontaneamente atingirá seus serviços. Automaticamente, sua margem de lucro se torna ainda mais alta no modelo de venda Marketplace. Basicamente, basta você definir a comissão com a plataforma, que lhe ofereça um espaço no “shopping center virtual”, você aproveitará todo o tráfego do local, gastando apenas com o que vender.
O Airbnb, é um exemplo disso, diversas pessoas criam seu perfil como anfitriões ou hóspedes, e apenas pagam uma porcentagem quando reservarem sua experiência. Tanto anfitrião, quanto o hóspede paga uma taxa de utilização do serviço proposto pela empresa.
• Aumento de vendas – Você disponibilizará seus produtos/serviços em algo que já está pronto. Desde o site, tráfego, elo de confiança e afins. Você só investirá com seu produto em algo com potenciais clientes, logo trabalhando com esse tipo de plataforma você amplia sua possibilidade de novos clientes realmente interessados no seu produto. Se você tiver o produto, a melhor oferta qualidade/preço, existem grandes chances de o consumidor finalizar a compra.
Portanto, novos potenciais consumidores irão aparecer e, com isso novas demandas surgirão, fazendo com que a empresa, por exemplo, aumente seu portfólio de produtos e aposte em novos mercados.
• Integração – Neste quesito, passa a ser uma opção particular, pois sua empresa pode sobreviver exclusivamente em marketplace. Porém, deve ficar claro, que você não precisa abrir mão do ser próprio e-commerce!
No seu próprio domínio, você arcará com seus próprios custos de divulgação e afins. Porém, você não gastará com os gastos de intermediadores. Essa integração entre seu e-commerce e o marketplace, pode vir a ser uma boa estratégia. O varejista pode optar por escolher produtos que estejam a venda na plataforma e, produtos que serão exclusivos no seu próprio site. Sendo isso uma estratégia, que poderá vir a atrair clientes do marketplace para seu próprio e-commerce.
Todas as vantagens do marketplace se interligam proporcionando uma plataforma com resposta relativamente mais rápida para ampliar as vendas do seu produto/serviço, de maneira segura e confiável. Fazendo a união de todos os benefícios proporcionados pelo marketplace, desde visibilidade ao aumento de vendas, pode-se observar uma nova oportunidade diferente para cada tipo de venda. Portanto, novas oportunidades, geram possibilidade de crescimento de demanda, puxando a oferta, aumento de portfólio e consequentemente, crescimento no faturamento.
O futuro do marketplace e possíveis novidades
Que marketplace vem ganhando cada vez mais forças e sendo cada vez mais usado pelos grandes varejistas, não é mais novidade para ninguém, certo? Essa plataforma possui baixo investimento e potencial de crescimento alto.
Segundo dados do estudo Panorama dos Marketplaces no Brasil feito pela Precifica e pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o volume de vendas realizado via marketplace teve um crescimento de 24% em 2017 em relação a 2016. Como já falamos anteriormente, um dos motivos para esse crescimento é a possibilidade de as pequenas e médias empresas terem maior visibilidade e ganharem clientes ao ser exposto em um canal notório e impulsionado por estratégias de marketing, onde essas empresas não precisaram montar seu e-commerce do “zero”.
Obviamente, observando e estudando as vantagens citadas no tópico acima, fica claro que essa “nova moda” de vendas online continue crescendo consideravelmente, pois cada vez mais as empresas estão optando pelo marketplace. Este, por sua vez, continuará ganhando forças, conquistando novos mercados e novos clientes para as empresas que optarem por utilizar esse método.
Podemos nos preparar que para um futuro não tão distante, algumas tendências de e-commerce refletirão sobre o marketplace. Uma delas é o uso da realidade aumentada por meio de recursos que permitam aos consumidores usarem seus dispositivos móveis para visualizar os itens antes de fazer as compras. Outra é a inteligência artificial, que permitirá que cada vez mais sejam usados dados sobre o comportamento do cliente. Além disso, as pesquisas por voz e por imagem também têm potencial de crescer muito: cada vez mais, no futuro, os consumidores poderão falar e interagir através de seus dispositivos, e até mesmo utilizar imagens para fazer buscas e compras online. Tudo isso pode impactar o marketplace positivamente, caso as empresas saibam fazer bom uso desses recursos para vender mais.
Também acredita-se que no futuro, o mercado B2B (Business to Business) optará cada vez por realizar suas compras online, se comportando de maneira semelhante à dos consumidores finais, já que se torna mais fácil, prático e rápida essa forma de compra. Portanto, as plataformas de marketplace precisam aproveitar essa oportunidade e criar funcionalidades que já existem no modelo de compra B2C (Business to Consumers) e que coexistam com as regras do modelo B2B, como os pedidos parciais, os preços por volume, entre outras.
Uma coisa é certa: investir em tecnologia, integração e automação será ainda mais importante para ter uma expansão nas vendas em marketplace.
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